quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Hora Breve (*)



Acordei de um sonho antigo
Quão antigo eu posso ser;
E mais.
Os pensamentos voltaram complexos
As ideias como electrões
Em volta do núcleo.
Acordo meio adormecido
De adormecido ter vivido
E um pouco mais vivo
Que antes, esmoreço
Na sequência dos acontecimentos.
Sempre presente, distante.
Foi desobstruída uma passagem a mim
Com pancadas, sapatadas
Brutas, não misericordiosas.
Do embrulho bem embrulhado
De impactos violentos
E surpresas menos acesas
E sentimentos baralhados,
Preparados para o jogo
Que não me atrevo a apostar.
Dorme hoje como um anjo
E dorme também amanhã,
Dorme o que precisares,
Mas acorda
Quando for hora, breve.
(*) 1/2

Sem comentários:

Enviar um comentário